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terça-feira, 23 de outubro de 2012

O PREÇO DA NOSSA INDIFERENÇA



Betsaida era uma das cidades que entristeceram Jesus, porque, apesar de ter sido a terra natal de Pedro, André e Felipe, de ter sido o lugar onde Jesus fez a maior parte dos milagres, Corazim e Betsaida eram cidades totalmente corrompidas, incrédulas e interesseiras. Mas que lições podemos tirar de toda essa situação em Betsaida?
Primeiro: se não vigiarmos, a nossa convivência com um ambiente corrompido também nos corromperá. Quantos homens bons e honestos se corrompem ao entrar na política? Quantos jovens crentes  mudam suas atitudes cristãs ao entrarem na universidade? Quantos homens e mulheres cristãos não mudam suas aparências e seus atos ao entrarem em certos empregos ou quando aumentam seu poder aquisitivo? Quantos servos de Deus – comprometidos com o Evangelho – têm esfriado, ou têm deixado Jesus porque assimilou a corrupção do mundo, o pecado do mundo?
A segunda lição que aprendemos com Betsaida é que a nossa indiferença poderá nos excluir do Reino de Deus.
“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que  teriam se arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós”. (Lc 10:13, 14) Tiro e Sidom eram cidades pagãs da Fenícia – atual Líbano – cidades que não viram os milagres e tudo o que Jesus fez. Portanto, presume-se que, por ignorância, agiam e praticavam a maldade. Quem o diz é o próprio Jesus: “Porque, se os milagres que foram feitos aí tivessem sido feitos na cidade de Sodoma, ela existiria até hoje. Pois eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do que de você, Cafarnaum”. (Mt 11:23,24)
Mas não. Betsaida era indiferente ao poder de Deus. Era uma cidade mergulhada no mundanismo. A “Betsaida” de hoje somos nós. Sou eu, é você, quando somos indiferentes. Deus está falando conosco e nós – enquanto o Senhor fala – ficamos conversando com outros ou com o pensamento bem longe! E isso dentro da própria Igreja ou durante a celebração do culto.
Somos indiferentes quando sabemos da necessidade do irmão e não damos a mínima atenção. Somos indiferentes quando não andamos no caminho estreito, preferindo agir conforme a nossa vontade. Somos indiferentes quando achamos que Jesus vai tardar em voltar e que teremos muito tempo para desfrutar os prazeres da vida. Somos indiferentes quando conhecemos a Palavra de Deus, sabemos o que é do Seu agrado e o que não é, conhecemos as profecias e relegamos tudo isso para o terceiro plano.
A nossa indiferença com Jesus poderá nos custar o preço de Betsaida,  Corazim e Cafarnaum ou o preço das virgens néscias. O preço de ser deixados para trás. Quantos não vêm para Jesus por causa de problemas com os filhos ou com os pais? Muitas vezes é a perda trágica de um parente que nos faz “sair da aldeia” e buscar o Senhor. Vivemos no nosso mundo egoísta, na nossa “aldeia”, no nosso conformismo, na nossa preguiça espiritual e, muitas vezes, não O deixamos entrar nela. Colocamos muitas vezes nossos negócios, nossos alvos na frente de Jesus e não o Reino de Deus em primeiro lugar. Muitas vezes estamos – ou pensamos que estamos – presos a religiões, culturas, ideias, traumas antigos, conceitos e preconceitos. E então, Jesus dirigindo-se a nós diz: “Ai de ti Corazim! Ai de ti Betsaida!”
Obrigado Senhor!

Pense nisto e fique na paz – Fundação Sonhar, sonhar os sonhos de Deus.

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