Betsaida
era uma das cidades que entristeceram Jesus, porque, apesar de ter sido a terra
natal de Pedro, André e Felipe, de ter sido o lugar onde Jesus fez a maior
parte dos milagres, Corazim e Betsaida eram cidades totalmente corrompidas,
incrédulas e interesseiras. Mas que lições podemos tirar de toda essa situação
em Betsaida?
Primeiro:
se não vigiarmos, a nossa convivência com um ambiente corrompido também nos
corromperá. Quantos homens bons e honestos se corrompem ao entrar na política?
Quantos jovens crentes mudam suas
atitudes cristãs ao entrarem na universidade? Quantos homens e mulheres
cristãos não mudam suas aparências e seus atos ao entrarem em certos empregos
ou quando aumentam seu poder aquisitivo? Quantos servos de Deus – comprometidos
com o Evangelho – têm esfriado, ou têm deixado Jesus porque assimilou a
corrupção do mundo, o pecado do mundo?
A segunda lição que aprendemos com
Betsaida é que a nossa indiferença poderá nos excluir do Reino de Deus.
“Ai de ti, Corazim! Ai de
ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em
vós se fizeram, há muito que teriam se
arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor
para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós”.
(Lc 10:13, 14) Tiro e Sidom eram cidades pagãs da Fenícia – atual Líbano –
cidades que não viram os milagres e tudo o que Jesus fez. Portanto, presume-se
que, por ignorância, agiam e praticavam a maldade. Quem o diz é o próprio
Jesus: “Porque, se os milagres que foram
feitos aí tivessem sido feitos na cidade de Sodoma, ela existiria até hoje.
Pois eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do
que de você, Cafarnaum”. (Mt 11:23,24)
Mas
não. Betsaida era indiferente ao poder de Deus. Era uma cidade mergulhada no
mundanismo. A “Betsaida” de hoje somos nós. Sou eu, é você, quando somos
indiferentes. Deus está falando conosco e nós – enquanto o Senhor fala –
ficamos conversando com outros ou com o pensamento bem longe! E isso dentro da
própria Igreja ou durante a celebração do culto.
Somos
indiferentes quando sabemos da necessidade do irmão e não damos a mínima
atenção. Somos indiferentes quando não andamos no caminho estreito, preferindo
agir conforme a nossa vontade. Somos indiferentes quando achamos que Jesus vai
tardar em voltar e que teremos muito tempo para desfrutar os prazeres da vida.
Somos indiferentes quando conhecemos a Palavra de Deus, sabemos o que é do Seu
agrado e o que não é, conhecemos as profecias e relegamos tudo isso para o
terceiro plano.
A nossa indiferença com Jesus poderá nos
custar o preço de Betsaida, Corazim e
Cafarnaum ou o preço das virgens néscias. O preço de ser deixados para trás.
Quantos não vêm para Jesus por causa de problemas com os filhos ou com os pais?
Muitas vezes é a perda trágica de um parente que nos faz “sair da aldeia” e
buscar o Senhor. Vivemos no nosso mundo egoísta, na nossa “aldeia”, no nosso
conformismo, na nossa preguiça espiritual e, muitas vezes, não O deixamos
entrar nela. Colocamos muitas vezes nossos negócios, nossos alvos na frente de
Jesus e não o Reino de Deus em primeiro lugar. Muitas vezes estamos – ou
pensamos que estamos – presos a religiões, culturas, ideias, traumas antigos,
conceitos e preconceitos. E então, Jesus dirigindo-se a nós diz: “Ai de ti
Corazim! Ai de ti Betsaida!”
Obrigado Senhor!
Pense nisto e fique na paz – Fundação Sonhar,
sonhar os sonhos de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário